O Hospital Uopeccan de Umuarama ampliou em mais de 100% o número de leitos exclusivos para pacientes Covid-19. Dos atuais 30 instalados, passa a ter 67 (30 de enfermarias e 7 de UTis). A medida tem o objetivo de atender à demanda de internamentos na pior fase da pandemia de coronavírus.
A ampliação de leitos foi decidida em uma reunião realizada na segunda-feira (01), na 12ª Regional de Saúde de Umuarama. Estiveram presentes representantes do Hospital do Câncer Uopeccan e demais hospitais da Macrorregião Noroeste. Foi elaborado um novo plano de ação e contingência devido ao crescimento expressivo dos casos.
Força-tarefa
A força tarefa entre os hospitais, altera alguns atendimentos realizados na Uopeccan de Umuarama. Pacientes clínicos, cirúrgicos e ortopédicos passam ser atendidos nas demais hospitais do município e a Uopeccan centraliza os cuidados nos pacientes oncológicos e Covid-19, como explica o administrador da Uopeccan, Luciano Maldonado. “Como somos uma instituição de referência no acolhimento e atendimento desses pacientes, agora a Uopeccan inicia com essas mudanças, pois temos todo suporte de equipamentos, insumos e profissionais da saúde capacitados que auxiliam durante o tratamento”.
Estrutura
A Uopeccan conta com uma estrutura ímpar, com alas com leitos para tratamento intensivo ou não de pessoas suspeitas e confirmadas da Covid-19, até o momento mais de 600 pessoas foram atendidas na ala Covid. Desta forma, a Uopeccan de Umuarama passará de 30 leitos para 67 leitos para atender pacientes contaminados com a doença já nesse início de mês de março.
No início dessa semana a taxa de ocupação chegou a 95% dos leitos Covid-19. A médica responsável da Ala Covid da Uopeccan de Umuarama, Carla Dal Ponte, ressalta que a população precisa ter ciência que apesar do aumento dos leitos, isso será insuficiente para atender todos que necessitam de atendimento. “Estamos vivendo um momento crítico de ascensão de números de casos e colapso no sistema de saúde, por isso contamos com ajuda de todos para continuarem se cuidando, evitando locais aglomerados e seguindo as medidas de isolamento e de higienização, só assim conseguiremos controlar a doença”, orienta a médica.
De acordo com o médico infectologista e coordenador da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), Raphael Chalbaud Biscaia Hartmann, esse é pior momento do contagio da Covid-19. “O número de casos explodiu, hoje vemos que as pessoas não tomaram as medidas adequadas, acabaram se acomodando e aproveitando o fim de ano e férias para passear, viajar e realizar de outras atividades, no qual colocaram em risco sua própria saúde, de amigos e familiares. Esse momento exige cautela e atenção, acreditem esse vírus não vai desparecer de uma hora para outra, ele vai continuar perpetuando sim, se você não tiver amor e empatia pelo próximo”.
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