Dois dos acusados pelo desaparecimento do casal Kawanny Cleve, 23 e Rubens Biguetti, 29 serão submetidos a julgamento popular. A decisão é do juiz Christian Palharini Martins, da Comarca Judiciária de Goioerê. A data ainda será definida, após trâmites processuais.
Os supostos crimes de homicídio com ocultação de cadáveres teriam ocorridos na noite de 3 de agosto de 2020, mas os corpos dos desaparecidos ainda não foram encontrados. No dia seguinte, o carro de Kawanny e Rubens foi localizado queimado numa cidade vizinha – Moreira Sales. O filho do casal, de apenas 4 meses, foi abandonado na calçada de uma residência, e recolhido por familiares.
A Polícia Civil concluiu o inquérito poucos meses após a ocorrência. Quatro pessoas foram indiciadas pelo delegado Adailton Ribeiro Junior, e posteriormente presas. Uma delas, Mauro José Cavalcante (Ceará), morreu no ano passado na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (PECO). Segundo informações transmitidas na época dos fatos, ele teria passou mal, foi levado ao hospital, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Honda Civic queimado e o casal morto.
Motivação do supostos crimes
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual relata que a motivação para os crimes foi torpe, porque os denunciados presumiam que as vítimas tinham delatado o tráfico de drogas que havia no endereço de uma das acusadas.
O juízo determinou que Suziane Ferreira dos Santos e Alessandro Benatti de Souza Junior sejam julgados pelos crimes de duplo homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Caso sejam condenados, os acusados poderão ser sentenciados a penas que superam 20 anos de reclusão.
A data para a realização do do Júri será definida depois do trânsito em julgado da sentença de pronúncia. O juízo julgou improcedente a denúncia contra Tatiana Aparecida da Silva. Ainda de acordo com a sentença, Suziane e Alessandro devem permanecer presos.