Agentes do Deppen (Departamento de Policiais Penais) do Paraná são suspeitos de terem provocado um acidente grave que resultou na colisão frontal de dois caminhões, a morte de um caminhoneiro e ferimentos em outro. Os quatro servidores prestaram depoimentos na Polícia Judiciária de Guarapuava, que investiga a denúncia de usuários da rodovia. Representantes do sindicato da categoria informaram que eles negam envolvimento.
O acidente aconteceu no dia 4 de janeiro, por volta de 9h, na Rodovia BR-277, próximo ao Restaurante Três Pinheiros. Segundo informações, duas viaturas VW Amarok do Deppen usadas para remoção de presidiários se deslocavam sentido a Curitiba, em alta velocidade. E nas proximidades da cidade de Candói, os veículos oficiais teriam forçado uma ultrapassagem em uma curva, o que teria provocado o choque frontal violento entre as duas carretas de carroçaria baú. Aquela que foi manobrada para não colidir com as viaturas, chocou-se contra a outra, em sentido contrário. Uma delas pegou fogo, explodiu e seu motorista de origem paraguaia morreu no local. Outras duas pessoas foram hospitalizadas com ferimentos.

Nota do Sindicato
Sobre a suspeita sobre os agentes, o Sindarspen (Sindicato dos Policiais Penais do Paraná) emitiu uma nota a órgãos de comunicação.
Segundo a nota, as viaturas realizaram uma escolta, com destino ao Complexo Médico Penal, e que não teriam envolvimento no acidente, só sabendo do ocorrido após serem parados e orientados pela Polícia Rodoviária Federal, em Guarapuava.
Ainda segundo a nota, os policiais penais estão em Guarapuava aguardando as oitivas preliminares junto a Polícia Judiciária, e que os diretores e o advogado do sindicato estão na cidade prestando a assistência necessária.
Confira a nota na íntegra
[Um acidente ocorreu nesta terça feira, 04/01, na BR 277, próximo a cidade de Candói, ocorrendo um choque entre duas carretas e resultando em óbito de um dos motoristas e hospitalizações de mais duas pessoas.
Duas viaturas do Deppen, conduzidas por policiais penais, que realizavam uma escolta na ocasião, com destino ao Complexo Médico Penal, foram paradas adiante, pela Polícia Rodoviária Federal para prestar esclarecimentos sobre o acidente.
Em conversa com dirigentes sindicais, os colegas contaram que não se envolveram no acidente e que só souberam do ocorrido quando foram parados e orientados pela Polícia Rodoviária Federal a prestarem informações para as autoridades locais.
Os policiais penais estão, no momento em Guarapuava aguardando as oitivas preliminares de praxe junto à Polícia Judiciária.
Os diretores do Sindarspen, Vanderleia Leite, Ricardo Cícero e o advogado do sindicato estão na cidade acompanhando e prestando toda a assistência necessária].
Sindarspen – Sindicato dos Policiais Penais do Paraná.
- Editoria Milênio
- Fotos: PRF/Reprodução.
