(Editoria)
A área de assoreamento avançou nos últimos meses e já atinge 30% do Lago Aratimbó, um dos principais cartões postais de Umuarama. A situação é preocupante entre os ambientalistas e a administração municipal não tem previsão de quando o serviço de remoção de areia será iniciado. Uma empresa deverá ser contratada para realizar a obra.
Em função de sua posição geográfica, o Lago Aratimbó recebe cerca de 20% da água das chuvas em Umuarama, através de galerias pluviais. E com a água vem a areia, resíduos materiais e agentes poluentes. A última dragagem ocorreu em maio de 2015 e posteriormente a prefeitura providenciou uma limpeza básica (remoção de areia, detritos e sedimentos acumulados).
A cada chuva mais forte o lago recebe, por meio das galerias pluviais, grande volume de resíduos descartados de forma inadequada nas ruas próximas. A lista inclui garrafas pet, plásticos, latas, vidros, pedaços de madeira, isopor outros tipos de embalagens vazias. Todo o lixo jogado naquela região se concentrara na represa construída no Córrego Figueira.
A primeira obra de desassoreamento foi concluída em abril de 2012, há mais de cinco anos. O trabalho permitiu recuperar a dimensão original da lâmina d’água – de aproximadamente 12 mil m². Na primeira limpeza foram retirados 1.200 caminhões de terra e recuperados cerca de 2.600 m² do lago, que estavam tomados por bancos de areia e terra, onde já se formava vegetação. A situação se repete e exige providência para evitar maior comprometimento do lago.
Recuperar o lago é uma responsabilidade da administração municipal. Protegê-lo permanentemente, também. A Polícia Ambiental e o Instituto Ambiental do Paraná têm funções fiscalizatórias inerentes à movimentação de terra, à poluição e vegetação no seu entorno. Para o comandante da Força Verde, tenente Alcimar Crecêncio, talvez seja interessante nesse momento discutir a inclusão desse reservatório em lei específica de proteção. Já o vereador Jones Vivi (PTC), solicita que o Ministério Público do Meio Ambiente interfira em ações em defesa do lago.
No final do segundo mandato, o prefeito Moacir Silva investiu recursos financeiros da ordem de R$ 900 mil na melhoria da infraestrutura do lago. A obra contemplou 1.580m² de novas pistas de caminhada nas duas margens, mais uma Academia da Terceira Idade (ATI), ampliação do deck, três espaços para carrinhos de pipoca, sorvete ou similares (alimentação); reforma dos antigos e construção de novos banheiros, recuperação dos quiosques e churrasqueiras, instalação de parque infantil com novos brinquedos, local para reflexão e feirinha de artesanato com quiosques fixos.
Além disso, foram construídas duas pontes: uma delas ligando as duas margens e outra dando acesso ao espaço para reflexão. A ponte maior tem estrutura metálica, revestida em madeira, com 77 metros de extensão por dois metros de largura. A menor tem 12 metros. Centenas de pessoas frequentam o local de lazer nos finais de semana e feriados.
Imagem de 2015. Assoreamento avançou 12 metros em dois anos. (imagens anteriores).
Fotos: JTM.