O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, esteve em Umuarama na última quarta-feira (30), e se reuniu com o prefeito Celso Pozzobom. Na pauta, assunto relacionado à construção da Casa de Custódia, cuja a localização ainda é motivo de desconfiança por parte de moradores da região.
Osvaldo Messias estava acompanhado do coordenador regional da Polícia Penal, Geraldo Andrade, do engenheiro da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Luiz Carlos Giublin, e do supervisor da empresa New Life de gestão prisional, Sidnei Ponci da Cruz. A reunião, realizada no gabinete do prefeito, contou também com as presenças de secretários municipais.
A coordenadoria regional da Polícia Penal do Paraná, com sede em Umuarama, é responsável por 56 municípios do Noroeste do Estado, onde funcionam 9 cadeias públicas e 3 unidades penitenciárias.
No encontro, o prefeito Celso Pozzobom foi atualizado sobre o processo de implantação da unidade prisional de Umuarama, que será construída em um terreno localizado na Estrada Canelinha, próximo à Subestação Umuarama Sul da Copel, com capacidade para 752 internos. A data de início das obras não foi confirmada.
Reunião das autoridades no gabinete do prefeito.
Modernidade
“Teremos aqui uma unidade moderna e segura, com todos os recursos tecnológicos, monitoramento por câmeras, acesso controlado, portões eletrônicos com acionamento remoto e um grande efetivo, o que vai tornar a unidade uma das mais seguras do Estado”, disse Osvaldo Machado. A estrutura prisional terá 9.915 m2, um investimento de R$ 43 milhões.
O diretor destacou também o caráter de recuperação dos detentos para reintegração à sociedade e o tratamento diferenciado na questão da saúde. “Além do Pró-egresso, a unidade terá atendimento psicológico, assistência médica, tratamento humanizado e orientação profissional, tudo para que os detentos saiam de lá recuperados”, completou Machado.
Regional do Depen
Também foi discutida a importância da criação de uma Regional Administrativa do Depen na cidade, a exemplo das existentes em Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Cruzeiro do Oeste, Francisco Beltrão, Cascavel e Foz do Iguaçu.
“Importante lembrar que os apenados de Umuarama poderão realizar cursos, estudar e trabalhar na própria unidade e tudo isso ajudará na recuperação para reintegração à sociedade. A cidade terá uma grande ampliação na infraestrutura de segurança e consequente redução na criminalidade, como ocorre em outras cidades que contam com unidades prisionais”, destacou Pozzobom.
Enquanto autoridades confirmam a execução da obra indesejada para muitos, o local ainda é motivo de questionamentos por parte de moradores do Bairro São Cristóvão, que temem, entre outros fatores negativos, a desvalorização de seus bens imóveis.
Moradores do Bairro 1º de Maio/Jabuticabeiras conseguiram, com protestos, evitar a construção da obra naquela região.