Caminhões carregados com grãos que se dirigirem ao porto de Paranaguá trafegam com velocidades reduzidas. Aproveitando-se dessa vulnerabilidade, criminosos destravam o dispositivo da carroceria dos caminhões, causando um descarregamento intencional, fora do local apropriado. Integrantes das quadrilhas recolhem os grãos espalhados pela rodovia e o comercializam, realizando o ciclo completo, desde a armazenagem até a venda.

Tal prática vai desde o furto de carga, que é a abertura dos dispositivos até o armazenamento e comercialização. Quem adquire esse tipo de produto, incide no crime de receptação, que tem uma pena de reclusão de um a quatro anos de prisão, ou receptação qualificada, quando é o caso da comercialização do produto.
Já, o crime de furto, tem uma pena de dois a oito anos de prisão, pois é qualificado, pois há a destruição do obstáculo, que é a trava da carroceria.
Agentes da PRF e da PM fizeram a verificação da questão do crime de furto e receptação das cargas e um receptador foi preso em flagrante por receptação qualificada, pois os produtos estavam sendo comercializados. A PAmb vistoriou o armazenamento e estocagem dos grãos e em todos os locais fiscalizados, os proprietários não possuíam licença e alguns sacos estavam sem proteção e tomando chuva. O CB fiscalizou as estruturas e condições dos galpões de armazenamento e a a Prefeitura de Paranaguá e Adapar focaram na fiscalização geral em relação ao CNPJ e notas fiscais, sendo que foram lacrados todos os locais de armazenamento, por irregularidades documentais.
A operação foi realizada pela Polícia Rodoviária Federal, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PAmb), o Corpo de Bombeiros (CB), a Prefeitura de Paranaguá e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar),
Resultados:
5 depósitos clandestinos foram lacrados pela prefeitura
10 multas ambientais lavradas
200 toneladas de fertilizantes apreendidos
1 homem preso por receptação qualificada
33 pessoas fiscalizadas
71 veículos fiscalizados
(Agência PRF))
