Mortes relacionadas ao coronavírus não param de acontecer em Umuarama. E profissionais da área de medicina consideram que esse é o momento mais crítico desde o início da pandemia. A estrutura hospitalar está na iminência de um colapso, relatam. No Hospital Uopeccan, já há escolha de pacientes que serão intubados na Ala Covid, disse a médica intensivista Carla Dal Ponte.
Morte no ambulatório
Nesta sexta-feira (4), mais uma mulher morreu devido a complicações da Covid-19 em Umuarama. A técnica de enfermagem tinha 60 anos, muitos deles dedicados ao serviço de saúde. Devido à falta de leitos em ala Covid nos hospitais da Macrorregião Noroeste, ela estava sendo tratada por profissionais médicos no ambulatório de síndromes gripais enquanto aguardava a liberação de uma vaga pela central de regulação.
“Ela era uma técnica em enfermagem, profissional de saúde com muitos anos de trabalho na rede hospitalar. Essa triste realidade pode se repetir nos próximos dias, devido ao grande número de pacientes com quadro agravado que diariamente chegam aos hospitais. Mais do que nunca, precisamos nos prevenir e evitar a transmissão do vírus”, alertou a secretária da Saúde, Cecília Cividini.
Novos casos confirmados
Nesta sexta, foram confirmados mais 60 novos casos de Covid (29 mulheres, 30 homens e 1 criança); 2.855 umuaramenses estão em isolamento domiciliar com diagnóstico positivo e 43 estão hospitalizados, 17 em unidades de terapia intensiva e 26 em enfermarias.
Ocupação de Leitos
Das 27 vagas de UTI ofertadas nos hospitais da cidade, 16 estavam ocupadas neste dia e nas enfermarias, pacientes ocupavam 54 dos 60 leitos Covid autorizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As notificações de síndromes gripais registradas desde março de 2020 somam 20.713 (quase 1/5 da população de Umuarama), das quais 10.157 foram descartadas para coronavírus e 2.701 suspeitas seguem em investigação. A cidade acumula 7.855 casos positivos durante a pandemia, entre os quais 4.882 pessoas se recuperaram da doença e 95 morreram.