A Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama (Aciu), o Sindilojistas e o Sindicato dos Empregados no Comércio encaminharam ofício ao governador Ratinho Junior, requerendo a flexibilização do Decreto 6.983, permitindo abertura dos estabelecimentos comerciais da Capital das Amizade no horário das 10 às 16h. As entidades representativas aguardam por um posicionamento positivo à reivindicação.
O Decreto publicado pelo Governo do Estado no dia 27 de fevereiro, vigora até a próxima segunda-feira (8), e é passível de prorrogação. O documento suspendeu o funcionamento dos serviços e atividades consideradas não essenciais em todo o Estado e a ampliação na restrição de circulação das pessoas.
Clamor
“Às voltas com o clamor do mais expressivo segmento econômico do município, cientes da delicada situação dos hospitais mediante o enfrentamento da pandemia de Covid-19, apresentamos, após conversações profícuas com nossos filiados e experiências plausíveis em território paranaense e em outros estados, argumentos que podem embasar, no final das contas, uma reivindicação exequível: a flexibilização em prol da preservação de milhares de postos de trabalho e do empresariado, com respaldo de protocolos rigorosos e procedimentos integrados”, cita o documento assinado por Orlando Luiz Santos (Aciu), José Carlos Strassi (Sindilojistas) e Miromar Ponciano (Sindicato dos Empregados no Comércio).
A fim de atenuar o impacto do decreto que suspendeu o atendimento das empresas comerciais enquadradas como não essenciais, o ofício propõe que os estabelecimentos tenham permissão para abrir imediatamente em horário reduzido, das 10h às 16h e, fora desse período, possam atuar por delivery e drive thru.
“Comércio e prestação de serviços representam mais de 60% do PIB (Produto Interno Bruno) local. Não podemos seguir fechados, porque isso vai agravar ainda mais a crise do comércio, resultando, de imediato, em demissões, o que estamos tentando evitar a todo custo”, destaca o presidente da Aciu, Orlando Luiz Santos.
“A jornada única, de seis horas, sem o horário de almoço, é uma das adequações mais interessantes, a nosso ver. Reconhecemos, obviamente, o momento preocupante vivenciado pela saúde pública no município e no Estado, diante do recrudescimento da pandemia do coronavírus, mas ressaltamos, da mesma forma, que o comércio lojista não é o responsável pela disseminação do vírus. Adotamos com a devida responsabilidade todas as medidas sanitárias necessárias e estamos dispostos a reforçar os cuidados, inclusive ajudando na fiscalização dos estabelecimentos”, complementa.