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segunda-feira, 28/04/2025
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Réu foi condenado a 24 anos de reclusão por crimes de vingança

O réu Sérgio Galdino Neves, o ‘Fedô’, 35 anos, foi condenado a uma pena de 24 anos e 6 meses de reclusão em regime inicialmente fechado. Ele foi acusado pelo Ministério Público Estadual de participação em um homicídio qualificado e outro tentado, por motivo de vingança. O sentenciado foi levado para a Penitenciária Estadual, onde já está recolhido cumprindo pena por envolvimento em assalto.

O julgamento ocorreu na sexta-feira (30) no Salão do Tribunal do Júri de Umuarama, e durou 13 horas. Foi presidido pelo juiz Adriano Cezar Pereira. Na acusação atuou o promotor João Batista de Almeida e na defesa do réu, o dativo advogado Wanderley Stevanelli, e estagiárias da Unipar.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os crimes ocorreram na noite de 29 de abril de 2017, em Umuarama. As vítimas André Gonçalves Machado e Celso da Silva Alves foram atraídas via telefone, (por pessoas não identificadas nos autos) para o Lago Tucuruvi – Parque Dom Pedro II, para conversarem sobre um homicídio acontecido uma semana antes, em Guaíra. Em dado momento, por volta das 23 horas, Sérgio Galdino, agindo em co-autoria com pessoa desconhecida, dolosamente utilizando-se de uma arma de fogo, de surpresa, teria efetuado disparos contra as vítimas, sem chance de defesa.

André Gonçalves foi alvejado com dois projéteis na cabeça, um no braço e morreu no local, ao lado de um banheiro público. Já Celso da Silva foi atingido uma vez na região do ombro, fugiu, foi socorrido e sobreviveu. O suspeito Sérgio Galdino (morador do Conjunto Ouro Branco) foi preso poucos dias após, mas negou autoria dos crimes. Mas a tornozeleira eletrônica que usava o colocou na cena do homicídio. Um revólver que teria sido usado não foi localizado.

Foto: Alex Miranda | Sessão de julgamento do réu Sérgio Galdino Neves.

‘Tribunal do Crime’

Durante as investigações foi apurado que naquele momento estaria acontecendo uma espécie de ‘tribunal do crime’, promovido por facção criminosa, via telefone. As ligações procediam de proximidades de presídios do Paraná, segundo relatório da Polícia Civil. Nesse caso, o suspeito era André Gonçalves Machado, que precisava dar explicações sobre o assassinato de Cleison Mendes de Souza, vulgo ‘Jhow’, ocorrido no dia 23 de abril na Vila Eletrosul, em Guaíra. ‘Jhow’ seria um membro graduado da facção.

André Gonçalves – que também residia em Guaíra – estaria sofrendo pressões sobre o fato e resolveu vir a Umuarama para tentar provar suposta inocência, com documentos de uma empresa onde trabalhava (em outra cidade). Foi atraído para o Lago Tucuruvi onde foi baleado e morto. Celso da Silva, que estava no local com o amigo e sobreviveu, prestou o primeiro depoimento e disse não ter visto quem atirou. Ele seria testemunha chave no andamento do processo, mas desapareceu. Outras pessoas arroladas no processo preferiram manter silêncio.

Sentença

Os membros do Conselho de Sentença acolheram as alegações da Promotoria de Justiça, de cometimento planejado, motivo torpe, de homicídio consumado e homicídio tentado. E rejeitaram a tese do da defesa que pedia a absolvição do réu por falta de provas materiais.

Pelo homicídio qualificado 16,3 anos de reclusão, e tentativa, 8,3 anos, sem atenuantes. Ao réu não foi concedido direito de recorrer da sentença em liberdade, considerado seu grau de periculosidade. O magistrado observou que em liberdade condicional, ele poderia voltar a delinquir e causar risco à sociedade.

Sérgio Galdino permaneceu em plenário com os punhos livres durante o julgamento. Mas no momento de ouvir a sentença, o juiz mandou que ele fosse algemado pelos policiais da equipe de segurança, por não prever a reação dele. Revoltado, o réu reagiu pessoalmente, dizendo que foi condenado inocente, ao que o magistrado informou que ele poderá recorrer. Um familiar dele também protestou da decisão e foi retirado do tribunal.

(Editoria Milênio)

 

 

Foto: Milênio : Os crimes ocorreram no Lago Tucuruvi, em 2017.

 

 

 

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