Definições
As definições estão sendo buscadas para que no máximo no início da próxima semana sejam anunciadas. “Hoje faz exatamente um ano do nosso primeiro decreto de situação de emergência e agora a situação é dramática. Não temos mais leitos, faltam profissionais médicos e de enfermagem, alguns remédios estão acabando e não há mais equipamentos no mercado para aquisição. A única saída é frear a transmissão do vírus e para isso precisamos reduzir a circulação e as aglomerações”, disse Pozzobom.
A secretária da Saúde, Cecília Cividini, lembrou que nos três meses deste ano – ainda incompletos – Umuarama já registra quase a mesma quantidade de óbitos de todo o ano passado. “Já estamos vendo pessoas morrerem nas unidades de saúde e no ambulatório, aguardando uma assistência especializada que só existe nos leitos Covid dos hospitais”, disse.
O Centro de Operações de Enfrentamento à Covid (COE) emitiu um parecer ao prefeito com a situação da doença na cidade e as medidas recomendadas. Representantes dos hospitais apoiam a ideia do fechamento por 10 a 14 dias. A chefe da 12ª Regional de Saúde, Viviane Herrera, disse que já são quase 18 mil casos em toda a região, 236 óbitos e alguns fora dos hospitais – de pacientes que aguardavam atendimento.
“Temos 129 pacientes aguardando leitos na Macrorregião Noroeste, 55 deles em UTI. Na nossa Regional são 15 pacientes. A taxa de contaminação está altíssima – 48% quando o aceitável seria 5% – e os hospitais pararam de realizar cirurgias por falta de medicamentos, atendendo apenas emergências. Precisamos aumentar as restrições e contar com o apoio da população”, disse Viviane.
- Adoção de medidas mais rígidas para controlar a pandemia.
Amerios sem consenso
À tarde, também no anfiteatro da Prefeitura, o presidente da Amerios reuniu os prefeitos membros e a situação dramática do atendimento aos pacientes Covid foi apresentada para embasar a necessidade de medidas conjuntas, que devem ser adotadas por todos os 21 municípios da entidade. “O decreto do Estado não surtiu o efeito esperado e como os pacientes de toda a região precisam ser atendidos em Umuarama, as medidas devem ser conjuntas”, defendeu Marcos Alex.
Os prefeitos tiveram espaço para se manifestarem, mas não chegaram a um consenso sobre quais medidas serão adotadas. “Vamos estudar quais medidas restritivas que podem ser legalmente efetivadas e apoiar a posição de Umuarama, que tem maior responsabilidade no atendimento aos pacientes”, concluiu o presidente.
[Assessoria]